domingo, 20 de fevereiro de 2011

(MG) Empresas de transporte usam escolta armada para evitar assaltos a ônibus

No ano passado, foram 301 assaltos a ônibus nas estradas brasileiras. Em Minas Gerais, estado com a maior malha rodoviária do país, onde o número de ocorrências cresceu 50%.

A cada viagem, insegurança. “Na maioria das vezes são pickups. Um fica na carroceria da pickup, aponta a arma pra gente, pra que a gente encoste o veículo”, conta o motorista Fábio José Ribeiro
No ano passado, foram 301 assaltos a ônibus nas estradas brasileiras. “Gritavam com a gente, falando que se a gente reagisse iam atirar”, diz o motorista de ônibus Idelson Alves.

A polícia mapeou os trechos críticos: em seis rodovias federais no Maranhão, em Pernambuco, no chamado "polígno da maconha";
Em Minas Gerais, estado com a maior malha rodoviária do país, onde o número de ocorrências cresceu 50%.
Desde setembro, a polícia prendeu mais de 30 criminosos na região do triângulo. “Para ação do roubo, eles tinham o costume de roubar, furtar veículos, atravessar para o Paraguai, trocar por drogas, armas. E, pra isso, cometiam também crime de sequestro e cárcere privado”, declara o delegado de Polícia Federal, Emerson Aquino.
Os ônibus fretados também são muito visados pelos bandidos. Principalmente os que levam sacoleiros às compras. É que boa parte deste tipo de passageiro viaja com dinheiro vivo e volta para casa com muita mercadoria.
“Eles podem também embarcar no ônibus, em determinado momento eles anunciam esse assalto”, diz o chefe da divisão de crimes da Polícia Rodoviária Federal, Regisvan Soares.

Por isso, uma empresa passou a escolher os clientes. “Nós marcamos a passagem, desde que seja uma pessoa conhecida ou indicada por algum passageiro que já viaja com a gente”, avisa o guia de turismo Richard Morales.
Mas o que a maioria tem feito é contratar escolta armada. Os veículos são acompanhados o tempo todo - na estrada e em uma central de monitoramento.
“Normalmente são dois homens armados, mais o telefone, mais rádio de comunicação e mais sistema de comunicação vai satélite”, fala o gerente de empresa de segurança, Rogério Ribeiro.

A escolta pode inibir, mas não é garantia. Um dos carros da empresa levou 18 tiros na rodovia Anhanguera.
“Não fica ao todo deixa de ser perigoso também, porque se tiver de reagir a gente não sabe o que vai acontecer. Mas a gente acha que tem uma comodidade maior sim”, fala a sacoleira Fabiane Aparecida dos Santos.

FONTE: JORNAL DA GLOBO

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