quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

(SP) Maior obra viária de SP, Rodoanel vira armadilha para motoristas

A maior obra viária de São Paulo e uma das principais do país virou uma armadilha para os motoristas. O Rodoanel, que faz a ligação de estradas do interior com o litoral, recebe diariamente milhares de caminhões que passariam por dentro da capital paulista.

Mas os caminhoneiros estão com medo de usar essa alternativa porque, a cada três dias, pelo menos uma ocorrência policial é registada.

Mais de 300 mil veículos circulam por dia pelos 95 km de extensão do Rodoanel, a maior obra viária do Estado de São Paulo. Através desta estrada, o motorista tem acesso a sete das 10 rodovias que levam à capital. Ele foi construído principalmente para evitar que boa parte dos caminhões de carga circulasse dentro da maior cidade do país.

O Rodoanel é utilizado também por motoristas que cortam caminho e querem evitar os constantes congestionamentos na capital paulista. Mas circular à noite pelo trecho sul, inaugurado há menos de um ano, exige muita coragem. Um pouco depois do pedágio, o motorista é surpreendido com a falta de iluminação. Com obras na pista, a situação fica ainda mais perigosa e na escuridão um funcionário sinaliza para o motorista desviar.

No Rodoanel também falta assistência já que o motorista não encontra telefones para pedir socorro em caso de emergências. Só pode contar com a ajuda de outros motoristas ou do celular. O problema é que mesmo com a instalação de antenas de telefonia, o sinal de algumas operadoras ainda falha.

A falta de segurança também assusta os motoristas pois pelos 61 km de extensão do trecho sul do Rodoanel existe apenas um posto policial funcionando.

A cada três dias pelo menos um boletim de ocorrência é registrado por motoristas nas delegacias que cobrem o Rodoanel e a maioria é por roubo. Mas também foram registrados homicídios, casos de pessoas abandonadas no Rodoanel depois de sofrer assaltos e até um estupro. A polícia rodoviária reconhece a dificuldade para prender os bandidos, que costumam fugir pelos bairros que ficam bem perto da estrada.

FONTE: JORNAL DA BAND

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