Um caminhoneiro de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, viveu dias de terror nas mãos de bandidos em um cativeiro na região de Curitiba. Bastante nervoso e chorando muito, Eires Rodrigues, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) nesta segunda-feira (20) sobre o sequestro que sofreu. O caminhoneiro disse que teve seu veículo roubado e passou quatro dias nas mãos de assaltantes em um barracão usado como cativeiro. Neste período, ele foi torturado e humilhado.
Rodrigues disse à polícia que foi abordado por seis homens armados na noite de quinta-feira (16), quando trafegava pela BR-116, em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba. Os bandidos o amarraram e o jogaram no porta-malas de um veículo. Rodrigues dirigia um caminhão Mercedes Benz carregado com 12 toneladas de carne suína, avaliada em R$ 120 mil.
Segundo o depoimento, o caminhoneiro foi levado para um barracão em um local próximo. Durante o cativeiro, Rodrigues contou que foi torturado. “Eles me bateram muito, me deixaram amarrado e pisaram nos meus pés e mãos. Eu sofri muito”, disse o caminhoneiro, chorando e bastante abalado.
Na segunda-feira (20) pela manhã, Rodrigues foi abandonado em um matagal e conseguiu caminhar até a estrada para pedir socorro. Ele descobriu então que estava próximo ao Contorno Leste, em Piraquara, também na região metropolitana de Curitiba.
A polícia acredita que os assaltantes mantiveram o caminhoneiro em cativeiro até conseguirem vender a carga e se livrar do caminhão. A família de Rodrigues veio de São Leopoldo, de avião, buscá-lo nesta segunda-feira.
Medo
Outro caminhoneiro também registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira na DFRV dizendo que foi assaltado em Borda do Campo, São José dos Pinhais. Ele disse que foi abordado por homens armados e ficou cerca de 12 horas nas mãos dos bandidos até ser liberado.
Na última sexta-feira, em entrevista à Banda B, o dono de uma transportadora de Porto Alegre disse que caminhoneiros gaúchos e catarinenses estariam com medo de passar pelas rodovias de Curitiba e região metropolitana por causa dos assaltos frequentes. O empresário disse que muitos estão até repassando cargas a terceiros por causa do medo de ser assaltado aqui.
Aristóteles já foi caminhoneiro e veio a Curitiba registrar um boletim de ocorrência do roubo de um de seus veículos. Ele contou à Banda B que por várias vezes passou no trecho de Curitiba e região metropolitana, mas nunca teve medo. Agora, a situação é outra. “Os caminhoneiros do sul não querem mais vir pra cá. Ontem um funcionário meu foi assaltado e vim aqui dar suporte. Hoje, um dos trabalhadores se recusou a fazer o trecho da BR-116 que passa por Curitiba”, disse.
O empresário relatou a maneira truculenta do assalto sofrido por seu funcionário. “O que assusta é a ação de cinema por parte dos bandidos. O motorista parou no posto na BR-116 e arrancou o caminhão. Os assaltantes do nada subiram em cima do caminhão para desengatar a mangueira de ar e fazer a carreta parar. Daí foi só render o motorista”, contou.
FONTE: PARANA ONLINE
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