quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Transporte de equipamentos e roubo de cargas acionam vendas

O aumento do consumo doméstico e as obras de infraestrutura estão turbinando o seguro do transporte. Incluindo na equação as dificuldades de acesso, as por vezes precárias condições de transporte e o roubo de cargas, o segmento é visto como uma das carteiras que mais crescem no mercado.

Segundo o diretor de grandes riscos da Allianz Seguros, Angelo Colombo, a carteira de infraestrutura representará por volta de R$ 300 milhões em volume de prêmios na Allianz neste ano.

“No Brasil a fatia do transporte é maior, proporcionalmente, do que em outros países. A gente tem um fator maior que é o roubo de cargas. Até existe em outros países, mas não na mesma intensidade que aqui”, diz.

Na construção de hidrelétricas, explica o diretor comercial da RSA Seguros, Ariel Couto, as obras civis são a parte crítica, o que reflete diretamente no custo do seguro.

No caso de usinas eólicas, o transporte é a parte mais complicada. “Nesse caso, tudo é relacionado aos equipamentos e o transporte é crítico pelo tamanho deles”, explica.

André Guidetti, gerente da LIU, divisão de riscos especiais da Liberty Seguros, destaca o risco dessas cargas atravessarem locais inóspitos.

Ele cita como exemplo a construção da hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, no Rio Jari, na divisa entre Pará e Amapá.

O presidente no Brasil da Willis, José Otávio, atenta que, num momento de crescimento da demanda doméstica por consumo, o risco de transporte ganha vulto.

“O risco não é só no transporte de cargas. Mas de roupas, equipamentos eletrônicos, comida, cigarro.” A fatia de participação dos riscos de transporte cresce e já é de 15% do volume de prêmios da Willis.

Na visão da Swiss Re, o setor de transporte de cargas tem um crescimento atrativo. Segundo o diretor de soluções empresariais para o Brasil e o Cone Sul, Fabio Corrias, o nicho de energia renovável é uma atividade relativamente nova “e no qual temos bastante interesse em atuar”.

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